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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O Nada será como antes - ANEL apóia a luta dos bolsistas. Permanência digna na universidade JÁ!

Foi durante essa histórica greve dos servidores públicos federais que pela primeira vez na universidade houve uma organização dos Bolsistas Permanência e BDI da Ufal para lutarem pelos seus direitos e contra a exploração que passam dia a dia. Desde dia 13 de Julho desse ano, que os bolsistas vêm se mobilizando pela luta de uma assistência estudantil que de fato esteja a serviço da permanência dos estudantes na universidade. O grupo se organizou com reuniões periódicas, com a macarronada em protesto pelo fechamento do R.U. durante a greve, com pedágios para ajuda financeira do grupo, com uma reunião com o Pró-reitor de extensão, com participação intensiva dos espaços da greve dos docentes e técnicos da Ufal. Todas essas atividades marcam um grande e importante passo histórico e vitorioso dos bolsistas permanências e BDI da Ufal, e que, agora, a luta só tem a se tornar mais forte e organizada.

Com a greve vitoriosa dos técnicos e docentes, o descontentamento chegou ao limite. Foi o momento em que os bolsistas confirmaram que o caráter da assistência estudantil é ocupar trabalho de servidor, ocupação essa, ou seja, eles fazem o trabalho de um servidor público, ganhando muito menos que estes e sem direitos trabalhistas nenhum, a universidade deixa de contratar mais técnicos e ainda deturpa o caráter de uma bolsa estudantil. Com servidores em greve, greve essa legal e justa, boa parte dos bolsistas continuaram a trabalhar -  sem direito a férias, ao restaurante universitário e pagamento que se atrasa sem justificativa. Com essa realidade, bolsistas-trabalho de Norte à Sul do país se organizaram pela defesa de uma assistência estudantil de verdade.

Com uma greve histórica das Ifes, que durou mais de quatro meses, Dilma mostrou que a educação não é prioridade para o seu governo, ficou mais claro para a população a situação precária que se encontram as universidades públicas e a grande farsa que são os projetos educacionais desse governo. A falta de investimento na educação é um dos reflexos, e com isso, a falta de assistência estudantil é gritante: R.U. que faltam vagas, creches sem tempo integral, H.U. cheio e a caminha da privatização, residência universitária limitada, etc. Uma lista enorme de descaso do governo e que a reitoria faz coro. A reitoria da Ufal prefere ver os estudantes que necessitam de assistência estudantil trabalhando do que  estudando, pesquisando: um completo absurdo.


A Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre, a Anel, acredita que é com a organização, a mobilização que a luta dos bolsistas vem sendo vitoriosa e vai continuar sendo. Acredita que essa luta deve fazer parte do conjunto de uma luta por educação pública e de qualidade e que é muito importante que os bolsistas, assim como qualquer estudante, se organizem numa entidade nacional que está ao seu lado nas lutas, como a ANEL. Temos que nós mobilizar, se aglutinar nessa luta justa que engloba todos os estudantes da Ufal. Não acreditamos que a via jurídica de processar a reitoria (que é cabível) deva ser onde os bolsistas devem jogar todas as suas forças, pois além de que isso talvez sirva como política de retaliação no futuro, o campo jurídico é um campo no qual a reitoria tem muito mais chances do que nós. O que irá defender a mobilização dos bolsistas-trabalho é a luta. É preciso que façamos a mobilização chegar a todos os setores e campi da universidade, se fortaleça e assim quando formos novamente para a negociação vamos estar num outro patamar de mobilização e mostraremos que assim como os bolsistas tem capacidade de movimentar os setores da universidade, eles podem pará-los também. A Anel – AL, que desde o começo se fez presenta nessa luta, vai continuar construindo e mobilizando nossa entidade para essa luta necessária e justa e reforçarmos o convite para que os bolsistas, assim como todos os estudantes venham conhecer e construir essa entidade de luta!


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