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segunda-feira, 25 de junho de 2012

RAP é compromisso!

Na quinta-feira dia 14/06, aconteceu mais uma atividade do comando de greve estudantil na UFAL, a Tarde Cultural, que contou com a presença massiva dos membros do coletivo “Nada será como antes”. A atividade que contou com bazar de livros, venda de lanches e mostra de clipes, foi encerrada com a participação de vários jovens que cantaram RAP e trouxeram um pouco da cultura Hip Hop para a universidade. A Tarde Cultural foi o segundo espaço na UFAL que teve o RAP como uma das atrações principais, o primeiro deles tendo sido organizado pela ANEL e este agora levado ao comando de greve como uma proposta do nosso coletivo. Com o passar do tempo nós do Nada será como Antes queremos aumentar ainda mais o número de eventos como este.
            Dentro de uma universidade majoritariamente branca, onde apenas 3% dos estudantes são negros, nós do coletivo sabemos o quanto é importante a realização de espaços que tragam um pouco da violenta realidade que milhares de jovens da periferia alagoana enfrentam diariamente. Realidade que muitos de nós universitários só conhecemos através de notícias na televisão, revistas ou jornais, e na maioria das vezes de forma distorcida. De acordo com os dados que temos, os negros e negras recebem os salários mais baixos do país, ocupam os postos de trabalho com menor reconhecimento social e cultural (construção civil, comércio, trabalho doméstico, limpeza, etc), estão fora das escolas e são as vítimas preferencias da violência. Estamos no segundo estado em que mais se mata negros do Brasil, só perdendo para Pernambuco. Esta é a realidade que a população negra enfrenta nos dias de hoje, resultado da opressão racial utilizada, acima de tudo, para superexplorar um enorme setor da população brasileira.
            Moramos no segundo país com mais negros do mundo e num dos estados com mais negros do Brasil, e é inadmissível sabermos que uma incrível minoria dos estudantes nas universidades é negra. São os jovens da periferia que, de fato, mais perdem com as consequências da corrupção e com a transferência da verba pública para o setor privado, e mesmo assim bilhões do orçamento foram e serão cortados da educação, saúde e da moradia. Somente em 2012 o governo Dilma fez o corte de R$ 2 bilhões na educação pública e de R$ 5 bilhões na saúde. Enquanto isso, bilhões são gastos em eventos como copa do mundo, rio +20, pagamento de dívida externa, pagamento para os banqueiros (mais de 50% do PIB) e desvios da verba pública, que chega a mais de R$ 7 bilhões nos últimos 10 anos. Dinheiro sabemos que não falta, pois o Brasil é a sexta maior economia do mundo, o que realmente falta é uma mudança nas prioridades de investimento do governo.
            Não ficaremos parados diante de tamanho descaso com a juventude negra deste país, e para isso sabemos que o RAP é um importante aliado para denunciar e desmascarar a falsa ideia de que não existe mais racismo neste país. O RAP, junto com a cultura Hip Hop, são os principais responsáveis por trazer as lutas, as pautas, e os grandes heróis do movimento negro para a sociedade. Estamos aqui pelo fim da criminalização da pobreza e da higienização social, fim da guerra interna na periferia, fim da violência policial. Como primeiro passo para mudar o atual cenário da educação queremos cotas raciais já, para a inclusão da juventude negra nas nossas universidades, até que o problema do ensino público fundamental e médio seja solucionado. Queremos o investimento de 10% do PIB para a educação pública já, pois sabemos que não teremos qualidade de ensino sem investimento.
            E é por isso que nós da ANEL construímos a central sindical e popular Conlutas, pois acreditamos que a união da luta dos trabalhadores, estudantes e movimentos populares é extremamente necessária para a construção de uma sociedade livre da opressão e da exploração capitalista.

“É você que me inspira, é você que me comove, por você periferia que meu coração se move”                                                                                                                         -Gíria Vermelha


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Quem somos nós!

Olá,estudantes!
Nós somos o coletivo Nada Será Como Antes, formado por estudantes da Universidade federal de Alagoas-UFAL e que reivindicam a Assembléia nacional dos Estudantes-Livre - ANEL. Surgimos num momento importante para a educação, em que as universidades sofrem as consequências de uma reforma universitária completamente irresponsável devido ao REUNI. Até agora são 57 universidades em greve e esse número só tende a crescer, comprovando ainda mais o descaso que a educação vem sofrendo nas mãos do atual governo. O que motivou a criação do coletivo foi a grande insatisfação dos alunos perante a atuação do atual DCE,  e a necessidade de ter uma entidade de luta no movimento estudantil.

Estamos unidos para denunciar e combater todas as formas de ataque do governo contra a educação, sejam os cortes de verbas, falta de planejamento (REUNI) ou as repressões aos movimentos. Por isso fazemos questão de termos nossa independência financeira, sem atrelamento a empresas/governo/reitoria/partidos, prezando por nossa liberdade como coletivo.

Combatemos todos os tipos de opressão diariamente, seja o machismo, racismo ou homofobia, pois sabemos que a opressão está dentro das universidades e afeta os estudantes diariamente. Almejamos que todas as diferenças sejam respeitadas ao invés de serem usadas como sinônimo de inferioridade.

Sabemos que os nossos melhores aliados para as lutas são os trabalhadores, pois acreditamos que as vitórias dos trabalhadores trazem melhorias para todos na sociedade, sejam os docentes, os técnicos, funcionários do transporte público, funcionários da saúde, entre outros. A unidade com os trabalhadores só fortalece o movimento estudantil.

Reivindicamos que todos os estudantes tenham direito a : assistência estudantil, segurança dentro do campus, creches gratuitas em todos os turnos, R.U. e residência estudantil, 10% do PIB para a educação pública, e acima de tudo uma universidade gratuita e de qualidade.

Convidamos você para participar dessa luta e construir o coletivo Nada será como antes!

“É preciso lutar, é possível vencer!”